A Isotta Fraschini decidiu abandonar o Campeonato Mundial de Resistência de forma imediata. Por agora, a decisão aplica-se ao resto desta temporada, sem que tenha sido especificado se poderão regressar em 2025.
Esta é uma das primeiras decisões significativas tomadas por Miguel Valldecabres, o valenciano que assumiu recentemente a direção da marca. Valldecabres possui experiência no mundo da competição, tendo sido conselheiro da Campos Racing e anteriormente da QEV Technologies.
A decisão foi tomada quando o carro já estava a caminho de Austin, onde teria lugar a próxima etapa do Campeonato, a 1 de setembro. Após essa prova, ainda restariam as corridas em Fuji e Bahrein.
A marca declarou que decidiu “redirecionar os seus recursos para a reestruturação do seu programa de desportos motorizados e para a expansão dos seus automóveis de ‘street legal’ e ‘track days’”, sublinhando ainda que “já não existem condições para continuar a parceria com a Duqueine Team, nosso parceiro operacional”.
O carro era o último classificado na categoria Hypercar. Obviamente, havia um défice de competitividade e de recursos, mas também de pilotos, uma vez que tiveram de recorrer a pilotos pagantes para equilibrar os números.
“Estamos imensamente orgulhosos dos nossos feitos na nossa temporada de estreia. Competir no WEC foi uma honra e uma experiência incrível, sendo as 24 Horas de Le Mans um momento especialmente marcante”, afirmou Valldecabres.
“Esta decisão tão difícil não foi tomada de ânimo leve, mas permite-nos aproveitar os nossos sucessos, promovendo o crescimento da nossa marca e o desenvolvimento dos nossos produtos tanto no mercado das corridas como no dos Hypercar. Como novo fabricante com grandes ambições, não continuar na temporada WEC 2024 é uma obrigação estratégica para conservar os nossos recursos e assegurar a continuidade do nosso projeto”, assinalou o novo diretor executivo, que não descarta a possibilidade de voltar ao WEC na próxima temporada.