O Rally Safari do Quénia, conhecido pelas suas condições extremas e imprevisíveis, é considerado um dos desafios mais exigentes do Campeonato do Mundo de Ralis (WRC). A combinação de lama, rochas, areia fina e travessias aquáticas difíceis faz desta prova uma das mais únicas e desafiantes da temporada.
Para este ano, o percurso foi ajustado, com a introdução de duas novas etapas e a remoção de quatro anteriores.
A zona de Camp Moran, localizada junto ao monte Sleeping Warrior, será o local do shakedown e a etapa mais longa da prova. A fazenda Morendat torna-se agora o centro do rali para a especial de Mzabibu, nos vinhedos. Nesta etapa, a prova de Kedong foi encurtada, mas passa a incluir a icónica secção de Miti Mbili, agora em sentido inverso ao do ano passado. A especial Sleeping Warrior será a primeira disputada no sábado, seguida das de Elmenteita e Soysambu, que também serão percorridas no sentido inverso. A etapa Loldia sofrerá a mesma alteração em relação a 2024.
O parque de assistência permanecerá no Instituto de Pesquisa da Vida Selvagem (WRTI) em Naivasha. A competição terá início na quarta-feira com o shakedown em Sleeping Warrior, numa extensão de 5 km.
Na quinta-feira, após a largada na capital, Nairobi, serão disputadas duas provas especiais, totalizando 12,91 km: a Super Special Kasarani e a especial Mzabibu.
Na sexta-feira, os pilotos enfrentarão oito especiais ao longo de 159,06 km cronometrados, num total de 454,04 km de percurso. Cada uma das quatro especiais do dia—Camp Moran, Loldia, Geothermal e Kedong—será percorrida duas vezes. A especial Camp Moran, com 32,20 km, será a mais longa do dia e de todo o rali.
O sábado contará com seis especiais, com Sleeping Warrior, Elmenteita e Soysambu percorridas duas vezes cada, somando 147,02 km cronometrados. Com as ligações entre as etapas, a distância total do dia será de 421,80 km.
No domingo, cinco especiais serão disputadas, incluindo Oserengoni e Hell’s Gate, ambas percorridas duas vezes, além de Mzabibu, totalizando 65,87 km cronometrados. O dia terá um percurso total de 372,65 km. A segunda passagem por Hell’s Gate servirá como a Wolf Power Stage, a última especial do rali.
História e Relevância do Rally Safari
O Rally Safari tem uma história rica no automobilismo mundial. A prova foi disputada pela primeira vez em 1953 e, a partir de 1970, passou a integrar o Campeonato Mundial de Construtores. Em 1973, foi incluída também no Campeonato Mundial de Pilotos. No entanto, em 2003, perdeu o estatuto de etapa do WRC e passou a fazer parte do Campeonato Africano de Ralis. Apenas em 2020 regressou ao calendário do mundial.
Os pilotos mais bem-sucedidos da história da prova são os quenianos Shekhar Mehta e Carl Tundo, ambos com cinco vitórias cada.
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